No último artigo indiquei três tendências atuais que contribuem para agregar valor ao papel que issues management pode desempenhar no futuro das organizações e da sociedade como um todo.
Aqui, vou explorar essas tendências com o objetivo de indicar ações concretas que os gestores de RIG podem realizar a fim de alcançar esse resultado.
Tendência 1
Para integrar todos os esforços relacionados à imagem e reputação da organização ao sistema de issues management os gestores de RIG podem:
Compreender os fatores que realmente agregam valor à imagem e reputação da organização;
Integrar os principais riscos ao alcance da visão da organização aos esforços para elevar seus padrões de responsabilidade social corporativa;
Observar e compreender as reivindicações e/ou anseios de consumidores e jamais ignorá-los, mesmo quando parecerem injustificados;
Utilizar as reivindicações e/ou anseios de consumidores para refinar a visão ou a operação da organização.
Tendência 2
Para avançar na criação de indicadores e métricas que auxiliem a mensurar a combinação entre informações, opiniões, goodwill os gestores de RIG podem:
Entender o valor de dispor da informação certa, na hora certa e para as pessoas;
Reconhecer os resultados gerados quando seus stakeholders prioritários entendem e apreciam informações relevantes para aprimorar a imagem e reputação da organização;
Perceber que produzir, sistematizar e analisar informações faz parte dos esforços para construir e manter a imagem e a reputação da organização e que esses esforços devem ser vistos como retorno sobre o investimento (ROI);
Valorizar a clareza que o issues management proporciona. Essa clareza pode ser útil tanto para aumentar a receita, quanto para reduzir os custos da organização.
Tendência 3
Para convencer a alta liderança acerca do valor que pode ser gerado pelo issues management, os gestores de RIG precisam entender que estamos falando de um conjunto de estratégias, de um arsenal de ferramentas. Mas, sobretudo, de uma filosofia organizacional. Para convencer a alta liderança, esses gestores precisarão ser capazes de aplicar essa filosofia de forma prática, de modo que seja possível:
Fomentar uma cultura organizacional de integração, como um requisito para uma gestão eficaz;
Diminuir os esforços gerenciais e/ou técnicos para obtenção e elaboração de interpretações estratégicas relevantes às expectativas da organização e de seus stakeholders prioritários;
Criar um sistema de inteligência formal para monitorar temas/problemas (captar, sistematizar, analisar e rastrear) auxiliando a gestão de riscos.
Apoiar as organizações no processo de aprender a escutar e assim, utilizar de forma sábia os inputs (reclamações, reivindicações, motivações, comportamentos, desejos e anseios) advindos dos stakeholders prioritários.
De forma geral, o sistema de issues management é uma ferramenta de escuta ativa. Ao utilizá-la, as organizações podem ser tornar mais inteligentes, ágeis e visionárias.
Nos próximos artigos dessa série vou apresentar o passo a passo para construir um processo integrado de issues management.
Até mais!
Relembre os demais artigos da série clicando abaixo:
Artigo originalmente publicado no Blog da Sigalei. Disponível em: https://www.sigalei.com.br/blog/issues-management-uma-filosofia-organizacional
Comments